Todos nós tivemos que frequentar escolas, e, por mais que as escolas se diferenciem umas das outras, os seus sistemas de funcionamento se assemelham em um aspecto crucial: os alunos são colocados dentro de salas de aula, onde são expostos a conteúdos que devem aprender para depois passar em provas.
No entanto, vamos para a sala de aula sem ferramentas e habilidades de aprendizado. Entramos na sala de aula sem saber coletar informações, gerenciar o foco da atenção, identificar critérios, comparar, classificar, analisar e sintetizar informações, etc.
Como esse sistema de ensino reage aos alunos com aprendizado defeituoso e que não conseguem tirar notas mais altas? Eles são rotulados como deficientes, como se o defeito estivesse neles e fosse uma falta pessoal deles.
O sistema não olha para si mesmo e conclui: nós não ensinamos essas habilidades de aprendizado, e agora eles estão tendo dificuldades de aprendizado. E, no entanto, esse resultado é consequência direta do modo como esse sistema está estruturado.
Mas o problema não se restringe a isso. Temos também os alunos que conseguem tirar notas boas, mas que esquecem o que aprenderam dentro de pouco tempo.
O aprendizado desses alunos consiste em memorizar respostas que irão repetir nas provas. Não existe uma verificação mais profunda sobre se o aluno realmente entendeu o que foi dito. Ele pode responder tudo certo, repetindo as palavras sem entendê-las.
Mesmo para os alunos que conseguem ter desempenho escolar que não seja rotulado como deficiente, a ausência de estratégias e ferramentas de aprendizado gera outra consequência: o esforço para aprender se torna desproporcionalmente maior em relação aos ganhos de aprendizado.
Como se não bastasse, além disso, o aprendizado das disciplinas é apresentado como uma obrigação cuja finalidade é a própria prova. A prova deixa de ser uma ferramenta de averiguação do aprendizado e se torna o fim mesmo do aprendizado.
Não é à toa que, para tantos adultos, o saldo final da experiência escolar seja o senso de que o aprendizado é algo chato, maçante e difícil. Algo que eles abandonam tão logo se veem livres dessa obrigação.
Depois disso, as pessoas vão participar da vida adulta: trabalhar, ter filhos, participar de uma série de comunidades e ambientes e é aí que toda aquela educação escolar e universitária se mostra muitas vezes inócua para enfrentar a vida real.
Não é pra menos: a escola não ensinou a pensar e não ensinou a aprender.
O indivíduo se vê contando com um repertório muito pobre de habilidades para aprender e resolver problemas, e passa o resto da vida com esse ranço de que aprender é chato e difícil.
Essa é uma situação trágica, e é o motivo de eu estar trazendo até você as Ferramentas da Inteligência.